Sebrae aponta mudança no funcionamento em mais da metade das empresas baianas
A quarta edição da pesquisa realizada pelo Sebrae para medir o impacto da pandemia nos micro e pequenos negócios mostrou que, das empresas que puderam atuar com as restrições de circulação, mais da metade (50,5%) mudaram a forma de funcionamento, principalmente aquelas que têm a possibilidade de oferecer o serviço de delivery.
O levantamento, realizado entre os dias 29 de maio e 2 de junho de 2020, mostrou também que o faturamento mensal dos micro e pequenos negócios baianos diminuiu durante a pandemia para 86% dos empreendimento. Além disso, 41,8% os entrevistados informaram que estão com dívidas ou empréstimos em atraso.
Dentre as principais mudanças na forma de funcionamento das micro e pequenas empresas baianas, está a adoção do horário reduzido (49,84%), com rodízio de funcionários (12,77%) e liberação para o home office (10,64%).
Quanto à forma de atendimento, o WhatsApp lidera como o principal canal de comunicação entre os clientes e os negócios (85,8%), seguido do Instagram (44,8%), Facebook (29,6%) e site próprio (11,5%). A utilização de sites ou aplicativos de entrega de entregas somaram 8,6% do total.
Mesmo com o isolamento social, impactando nas vendas de grande parte dos negócios baianos, diversos empresários adotaram medidas criativas para reduzir os efeitos negativos da pandemia.
A pesquisa do Sebrae mostrou que, dos empreendimentos que aumentaram o faturamento, 37,9% são os considerados serviços essenciais. Outros 17,2% adotaram como estratégia começar a vender direto para o cliente final. Outras medidas foram adotadas, como iniciar a venda online e mudar o modelo de negócio, ambas com 13,8% cada, mudança na linha de produtos e serviços (6,9%) e passar a vender produtos ou oferecer serviços favorecidos pela pandemia (8,9%).
A pesquisa
A pesquisa “O Impacto da pandemia de corona vírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae, é um levantamento nacional que buscou entender os desafios dos empreendedores neste momento de restrição da circulação de pessoas, causada pela pandemia da COVID-19.
A quarta edição da pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 2 de junho de 2020, com 7.703 empresários das 26 unidades da Federação e Distrito Federal, com negócios de diversos portes: 56,7% de Microempreendedores Individuais (MEI), 38,1% de Microempresas (ME) e 5,2% de Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Por meio de um formulário eletrônico, os empresários selecionados, que pertencem à base de cadastro do Sebrae, responderam questões sobre o faturamento, as alternativas buscadas, as soluções encontradas, bem como as novas formas de atendimento para se adequarem ao novo momento.
A elaboração da pesquisa contou também com o apoio da Fundação Getúlio Vargas, por meio da FGV Projetos.